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Somos influenciados por grupos?

  • 19 de nov. de 2020
  • 2 min de leitura

Existem movimentos sutis que acontecem em nossa vida, um deles são as mudanças, também conhecidas, por vezes, como máscaras, que vestimos conforme o lugar – ou, mais especificamente, nesse caso, as pessoas – com quem estamos.


Essas mudanças acontecem em nosso comportamento de acordo com o grupo com o qual estamos. Conforme nosso grau de capacidade de compreensão e manifestação da nossa individualidade for crescendo, vamos conseguindo encontrar nossa identidade mais pura e manifestá-la na maior parte dos lugares, sem ter que vestir muitas máscaras.


No entanto, acabamos vestindo muitas máscaras mesmo assim. Acontece que algumas vezes um grupo de pessoas possui um tipo de comportamento esperado e isso pode ser perigoso, porque esse comportamento pode ser o esperado por todos os membros, quando em grupo, mas ao mesmo tempo não ser o comportamento natural de nenhum dos membros.


Para exemplificar melhor de maneira que isso possa ser compreendido, imaginemos um grupo de amigos. Todos eles, sem exceção, são pessoas muito tranquilas, que sem problema algum aceitariam, quando sozinhos, algum tipo de “falta de educação” ou de “tentativa de conflito”. Quando sozinhos, todos eles se sairiam bem dessas situações e elas não os afetariam em nada.

Ocorre que, essas mesmas pessoas, quando em grupo, assumem uma identidade irreal (já que não pertence a ninguém) que diz, basicamente: “esse grupo não pode levar desaforo para casa”. Ou seja, as mesmas pessoas que aceitaram em suas individualidades, sem sequer se deixar influenciar pelas situações, quando em grupo são influenciados e modificam seu comportamento mediante uma identidade do grupo, que, vale dizer, não existe em nenhuma das pessoas individualmente.


Esse foi apenas um exemplo, mas isso acontece em diversos contextos diferentes. Esses casos passam em nossas vidas de forma desapercebida, mas quando tomamos consciência disso começamos a entender essas máscaras que nos tiram daquilo que gostaríamos que fosse a nossa própria identidade e iniciamos uma quebra com as máscaras.


Assim como a maioria das nossas debilidades, nós apenas não as tratamos pois não temos consciência delas, já que acontecem com naturalidade. A tomada de consciência é muito importante, já que é como um desvelar de algo que passava com uma outra forma (mais agradável) por nós.


Infelizmente, muitas vezes quando começamos a entender que existe uma identidade diferente da nossa personalidade que assumimos quando em grupo e iniciamos um processo de expressão nossa real nesse mesmo grupo, ele começa a rejeitar essa pessoa autêntica, já que não se encaixa com os padrões subjetivos e irreais atribuídos pelos integrantes a esse grupo.


Nesse caso, se isso acontecer, existem duas possibilidades que podemos levar em consideração sem continuar sacrificando nossa individualidade. Uma delas é abrir para o grupo nossa percepção e fazê-los compreender que o grupo tem um comportamento que não condiz com a realidade de nenhum dos membros e que isso está sendo danoso. A outra, mais radical, é partir, já que o sacrifício constante da individualidade em prol de uma identidade que não é sua, depois da tomada de consciência, vai assombrar o buscador – e atrasar seu processo de expressão.


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