5 Ferramentas que nos auxiliam a buscar o autoconhecimento

A pergunta principal talvez seria: “existe alguma ferramenta capaz de nos dar autoconhecimento?”. Sendo que a resposta imediata é “não”. Autoconhecimento justamente presume um mergulho interno e uma compreensão maior de si mesmo, compreensão essa que não pode ser entregue de bandeja por nada nem ninguém.

Por outro lado, existem ferramentas que podem nos auxiliar no caminho da busca pelo autoconhecimento. Aqui citarei algumas delas, sem por óbvio ter a intenção de limita-las. São tantas ferramentas que a observação da própria natureza pode nos dar “cliques” extremamente necessários para a busca interna. Se o princípio hermético da correspondência existe, a observação do macro, do visível, pode nos contar muito daquilo que está no micro, no invisível. Tais princípios, universais, como os herméticos, operam em todas as camadas.

Em primeiro lugar, como não poderia ser diferente, uma grande ferramenta que pode nos auxiliar no autoconhecimento são os livros. Os livros podem trazer caminhos já percorridos por outras pessoas que, por analogia à nossa vida, somam e muito nessa busca por autoconhecimento. Com toda a certeza um livro pode alavancar e muito nosso progresso. Existem muitos, mas um livro que vale a pena citar é o Bhagavad Gita (link no final do texto).

Já no segundo lugar vale a pena citarmos os mitos. Um mito muitas vezes traz em seu interior um intenso processo de individuação. O mito é como se fosse um “geralzão” da busca de si mesmo. Dentre mitos que podem nos auxiliar nesse processo cito “os 12 trabalhos de Héracles” (Hércules), histórias de Prometeu, Buda, Jesus, etc. Um livro que vai trazer um apanhado de vários mitos e analisar o que eles possuem em comum é “O Herói de Mil Faces”, de Joseph Campbell, que chama esse processo de jornada do herói, ou monomito (link no final do texto).

Como terceira ferramenta cito a terapia. A terapia pode nos auxiliar e muito na busca de nós mesmos. Diferente do que muitas pessoas pensam, o papel de um terapeuta não é entregar de mãos beijadas um caminho ou uma direção, mas instigar o raciocínio e o pensamento de forma que a pessoa possa, por ela mesma, chegar a uma conclusão. Ao implantar a dúvida, trazer uma outra ótica da situação, o terapeuta com toda a certeza pode auxiliar nossa busca.

No quarto lugar coloco a observação. Por observação eu quero dizer não só aquilo que gera estímulos aos nossos olhos, mas também aquilo que ouvimos. Escutar experiências de outras pessoas, analisar a forma como o mundo age, sair um pouco do papel egóico de “tudo em função de nós” e passar para um papel de observador pode nos auxiliar na compreensão do todo e, assim, nos fazer compreender cada vez mais o nosso papel nessa complexa e paradoxal Vida.

Em quinto lugar, mas não menos importante (talvez até mais), a meditação é uma forma de alavancar e muito nosso crescimento, já que fazemos um mergulho interno muito forte. Vale dizer que a meditação não necessariamente demanda uma posição específica (claro que existem asanas que podem auxiliar e muito esse processo), o que é preciso realmente é o mergulho em si mesmo (sem dormir) e a reflexão interna. Existem outras formas de meditação, como por exemplo para subir o nível de consciência, mas aí seria um outro tipo de processo.

Concluindo, é preciso dizer novamente que existem muitas outras ferramentas, além disso as ferramentas aqui citadas não possuem graus de importância entre si e todas são válidas quando se trata de se autoconhecer. Os benefícios desse processo (autoconhecer) são imensos, principalmente porque o autoconhecimento nos faz separar o que nós somos do que os outros são e do que a sociedade é. Isso pode cessar o sofrimento e a dor.

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Um abraço e até semana que vem!

Link Bhagavad Gita

Link Heroi de Mil Faces

Curso de Hermetismo CDH

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